Jovens com Síndrome de Down, da SSD- Sociedade Síndrome de Down,, entre 21 e 34 anos, estão tendo a oportunidade de desenvolver autonomia e se profissionalizarem, com a ajuda da Estácio. O curso de Nutrição da instituição possui um projeto de pesquisa e extensão intitulado Oficina Saber do Sabor, que desde 2002 integra professores, alunos e a comunidade do entorno dos campi onde há o curso. O objetivo é trabalhar conceitos de alimentação, nutrição, gastronomia e saúde, através da realização de oficinas culinárias. Desde o início do ano, a Estácio, em parceria com a Sociedade Síndrome de Down, está fazendo o projeto com esses jovens. No total, doze já passaram por esta experiência.
Além de trabalhar diversos conceitos, o projeto colabora com o desenvolvimento da autonomia, para que os jovens possam reproduzir e/ou criar pratos que não exijam muita complexidade fora do ambiente acadêmico. “No início da oficina muitos tinham medo de facas, panelas quentes e fogão, que aos poucos foram sendo superados. Muitos conseguem fazer em casa as preparações trabalhadas na oficina, e como ganham elogios de familiares e amigos voltam muito motivados”, afirma Claudia Cruz, coordenadora do projeto.
A mãe de uma das participantes enxerga uma grande mudança na vida da filha e dos demais. “Sinto que esta oficina é uma grande aliada nas mudanças comportamentais e emocionais dos jovens participantes, a transformação não ocorreu só na vida da minha filha, mas, visivelmente, com todos. Proporcionou o aumento da autoestima, ofereceu oportunidade de conscientização da importância da alimentação saudável e, acima de tudo, inseriu-os num lugar nunca antes imaginável para esses fins”, afirma Ilma Goulart. A aluna Luciane Goulart não quer que o projeto termine e afirma que seus familiares sempre pedem que ela ponha a mão na massa. “Minhas irmãs, minha tia, todo mundo pede a receita que eu faço, vivem me pedindo, ou querem que eu faça para elas. Quando vou na casa delas tenho que levar alguma coisa ou tenho que fazer quando chego lá”.
A Oficina tem frequência semanal, no campus Tom Jobim (Barra), e recruta alunos dos cursos semestralmente, para que muitos possam ter esta experiência. Para os jovens com Síndrome de Down é um curso de extensão e, ao final do ano, recebem um certificado. Já para os alunos é mais uma oportunidade de colocar em prática os ensinamentos de sala de aula